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  • Foto do escritorJurandir Santos

É POSSÍVEL SER FELIZ NO TRABALHO?

Atualizado: 25 de abr. de 2020

A felicidade e difícil de ser conceituada porque cada pessoa tem a sua própria definição ou fórmula para alcançá-la.

Para alguns, ela pode significar status, talento, poder ou a posse de muito dinheiro, enquanto para outros, certa sensação de leveza, satisfação, contentamento, harmonia e saúde. Talvez seja mais fácil definir o que nos deixa infelizes, como ser discriminado, não ter dinheiro para honrar os compromissos, perder uma pessoa amada ou estar doente. Pensando assim, a felicidade passa a ser vista como um bem estratégico na carreira de qualquer profissional de sucesso, perpassando os consultórios psicológicos e médicos, e estudada em outras áreas como a economia. 


Mas porque vale a pena investir na felicidade no trabalho?

Parece que estamos vivenciando um momento em que algumas corporações estão se conscientizando sobre o bem-estar dos colaboradores como um fator a ser gerenciado para conseguir melhores resultados.

Nesse sentido, para além dos bons resultados nas empresas, a satisfação e a harmonia consigo mesmo, com as pessoas ao seu redor e com a vida reduzem problemas como índices de depressão, os riscos de doenças cardíacas e o absenteísmo.


Empresas investem em ambientes mais propícios à felicidade :)

Empresas com essas características levam o assunto a sério e investem fortemente em situações e ambientes mais propícios à felicidade. Essas lideranças conseguem desenvolver bom nível de satisfação dos seus colaboradores, como menor rotatividade; gastam menos com marketing porque vendem mais através do "boca-a-bora"; sabem dosar para não exercer pressão acima das possibilidades ou preparo dos funcionários no cumprimento dos resultados e metas, ou, ainda, tomam cuidado para não depositar expectativas menores em relação ao potencial que a pessoa é capaz de oferecer.


Por outro lado, todas as empresas "infelizes" têm as mesmas características. Geralmente, a perda da produtividade acontece quando as pessoas não mais dão importância aos seus empregos, produzem menos e a qualidade dos seus trabalhos cai consideravelmente. Esses fatores podem ser influenciador pelo trabalho alienado, quando as pessoas não se sentem parte do negócio. Por outro lado, as atividades consideradas desafiadores provocam um certo "estado de espírito" que nos leva a uma espécie de êxtase, com o prazer de trabalhar.


Ao levantar a antiga discussão

o dinheiro traz ou não felicidade às pessoas?

Parece correto afirmar que existe uma forte correlação entre satisfação financeira e recursos humanos. É importante que se tenha uma boa remuneração, suficiente para manter as contas em dia e adquirir bens e produtos necessários. Quando o dinheiro passa a determinar as coisas da vida, não é bem-vindo, porque traz sérias consequências. O ideal é que se leve uma vida confortável o suficiente para deixar de buscar dinheiro com emergência. Benefícios como assistência médica/odontológica, auxílio refeição/alimentação ou colônia de férias, são exemplos de tranquilidade, conforto e atenção que as empresas podem oferecer aos seus colaboradores e familiares.


Mas vale o alerta

Para o fato de que não há coerência em investir maciçamente em salários, benefícios ou projetos socioambientais enquanto próprios funcionários da empresa se sentem infelizes e desmotivados.  Todavia, valem algumas provocações acerca desse tema: quanto dinheiro precisamos para sermos felizes? Até que ponto vale a pena sacrificar qualidade de vida, pessoas, convívios, situações para ganhar mais? Arrisco dizer que os desafios estejam pautados em pensar o trabalho como um propósito maior para as coisas que fazemos; conseguir entrecruzar-se harmonicamente a vida pessoal com a profissional; procurar escolher mais do que ser escolhido; e encontrar o sentido e o valor que o trabalho tem para nós.


 

Jurandir Santos | diretor educacional do Senac São Bernardo do Campo | psicólogo, pós-graduado em E-Business, mestre em educação e doutor em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista | Autor dos livros: Educação profissional & práticas de avaliação (Editora Senac São Paulo, 2010) | Educação: desafios da atualidade (Editora Compacta, 2012) | Criança e adolescente em foco: dialogando com profissionais e cuidadores, Org. (Editora Senac São Paulo, 2014) | Membro fundador do Grupo de Estudos e Ações para a Paz e não Violência - GEAPAVI

www.jurandirsantos.com.br


Publicado em Revista Expressão ABC e Litoral, edição de novembro/2017, p. 86.

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