O quadro atual da sociedade é marcado pelo ritmo alucinante da globalização da economia, crescente urbanização e revolução tecnológica. Ser professor diante desse cenário é questionar sobre o que não vai bem: desde as perdas de importantes valores, a miséria, o desemprego, as desigualdades sociais, os medos, as tensões, os conflitos, as violências, o crescimento incessante da sociedade do consumo, a redução do espaço público e a degradação de nossas liberdades.
Além de saber ensinar bem, dominando os conteúdos e sendo didático, o professor deve mediar entre as capacidades já existentes e os novos e mais complexos desafios. Educar para a vida e não somente com os conteúdos ensinados na escola. É importante que ele motive os alunos, com ênfase no papel formativo da escola da atualidade. No entanto, proporcionar uma nova forma de ensinar, implica, necessariamente, em uma nova forma de aprender.
Portanto, o professor nos dias atuais tem que ser inovador para atuar de forma criativa no preparo de novas respostas que as diferentes situações exigem. Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e nos conhecimentos que são necessários dominar.
Trabalhar com seus alunos o conceito de “práxis” e considerar o homem um ser incompleto, inconcluso, inacabado, sujeito e ao mesmo tempo, produto da sua história, com visão e ação transformadora, de si e do mundo, com infinitas possibilidades de crescimento e desenvolvimento.
Necessitamos para os dias atuais de professores promotores daquela qualidade que provoca aprendizagem significativa no aluno, no seu processo de desenvolvimento pessoal, no âmbito intelectual, social, ético, afetivo, físico e motor. Capazes de ensinar de forma competente para atingir os objetivos propostos e fazer sentido na vida das pessoas.
Para exercer o poder formativo que está em nossas mãos é importante lembrar que a arte de educar não é um ato ingênuo, mas sim uma ação intencional, com objetivos políticos, econômicos e sociais, o que possibilita ao indivíduo transformar sua realidade e, consequentemente, o mundo em que vive. Nesse sentido, uma educação emancipadora, participativa, democrática e de boa qualidade tende a instrumentar o aluno para ampliar a visão de homem e de mundo, de forma crítica, enriquecida e contextualizada com os problemas e questões da atualidade, além de reforçar a responsabilidade social e ambiental que ele deve ter como garantia do exercício dos seus direitos e deveres por meio da cidadania.
SANTOS, Jurandir. Educação: desafios da atualidade. São Paulo: Editora Compacta, 2012.
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